[Poema] Ampulheta

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Olá, queridos amigos e leitores. Como vocês já devem ter percebido, temos dois novos escritores no fórum: Gisela Santanna, escritora de Memória Marte, e Miguel Caldeira, um jovem escritor português. Aproveito o ensejo para dar as boas vindas a esses dois verdadeiros prodígios, sejam muito bem-vindos!

Continuando, parece que essa foi mesmo a semana poética do blog. Então, para não sair da linha, fiquem com mais um poema. 



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Ampulheta?



Será que há espaço pra se colocar só mais um passo à frente?
E se o chão não for terra firme, contudo areia movediça?
Como saber se haverá uma corda para nos resgatar?
Alguém estará lá preparado para nos amparar?
Se nada tenho visto, devo acreditar nisso?
Acreditar em algo é mesmo seguro?
O ter segurança é uma certeza?
Ter certeza é estar a salvo?
Salvação é confiança?
Será bom confiar?
Ou certo agir?
E isso é fé?
Será crer?
A fé é real?
O real existe?
Alguém já o viu?
Se o viu, tem provas?
Sem provas, alguém crê?
Quem crê, precisa mesmo ver?
Acaso será errado crer sem sentir?
E quem não sente, permanece seguro?
É certo criticar quem confia, mesmo às cegas?
Embora não notemos, o tempo passará para nós?
Com o passar do tempo, ficamos velhos,  isso é ruim?
Se desejarmos andar de olhos fechados, quem irá impedir?


3 comentários:

  1. Nice! Não pela forma, porém pelo sentimento que faz o leitor sentir. Perguntas que fazemo-nos todos os dias, várias aliás sem respostas, mas que nos impele a refletir algum momento.

  1. Nossa, obrigada! É verdade, e eu gosto mesmo de perguntas. Elas nos ajudam a refletir sobre a nossa própria verdade. ;)

  1. Unknown disse...:

    Na verdade, eu gostei da forma... gostei do conteúdo.. do sentimento...

    É como ja te disse, isie... esse é um texto que será copiado em outros blogs.. ctz! hahahaha

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