Olá, amigos! Amanhã é o Dia Nacional do Livro, então nada melhor do que falar sobre livro nacional, não é mesmo? Eu estou babando por vários títulos, alguns de autores recém-lançados no mercado literário brasileiro; eles realmente estão de parabéns. Se eu tivesse que citar dois livros dessa minha lista de nacionais super desejados, assim, sem pescar nem nada (xi... eu pesquei!), sem dúvida, seria Outono de Sonhos da Adriana Brazil e, apesar das críticas, Do Seu Lado da Fernanda Saads.
Bem, talvez vocês imaginassem que eu publicaria algo mais bem-elaborado hoje, pelo fato de amanhã também ser o dia do meu aniversário, mas preferi apenas postar a resenha de um livro nacional super divertido que eu li no ano passado - na verdade, já postei resenha dele aqui no blog, mas foi há bastante tempo, e eu aproveitei para acrescentar alguns detalhes. Espero que gostem.
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Título: Ela disse, Ele disse
Autora: Thalita Rebouças
Editora: Rocco – Jovens Leitores
Gênero: Romance infantojuvenil
Ano: 2010
Páginas: 192
Sinopse
Primeiro dia numa escola nova é sempre complicado: a gente se sente um peixe fora d’água. Enquanto todos os outros alunos são (ou ao menos parecem ser) melhores amigos de infância, os novatos ficam pelos cantos, sem jeito, pensando em qual seria a melhor tática de aproximação.
Mas será que fazer amigos e se adaptar a uma nova realidade é mais fácil para uma menina ou para um menino?
Este é o ponto de partida de Ela disse, Ele disse. Leo e Rosa são dois típicos adolescentes que revelam como passaram pela dureza do primeiro ano num colégio novo.
Amizade, futebol, paixões, ciúme, bullying e as armadilhas da internet são alguns dos ingredientes que dão sabor a essa história com dois narradores e dois pontos de vista.
Resenha
Quem ainda não teve contato com o trabalho de Thalita Rebouças, no mínimo, deve imaginar que seus livros sejam divertidos. Ela escreve especialmente para o público adolescente, 10 a 16 anos, e suas histórias são tão leves que se tornam irresistíveis a qualquer faixa etária - desde que o leitor esteja com vontade de rir. Resolvi ler “Ela disse, Ele disse” no início de 2011 com o propósito de pesquisar - escrevia um romance voltado aos adolescentes e jovens adultos - e me empolguei.
Narrado em primeira pessoa, alternando capítulos sob a perspectiva de Rosa e Leo, “Ela disse, Ele disse” conta a história de dois adolescentes que se conhecem em seu primeiro dia de aula num colégio novo. Meio sem saber como as coisas serão dali para frente, esses dois narradores começam a conversar. Rosa encanta-se de imediato por Leo que, na verdade, a acha meio chatinha e tenta apenas parecer agradável. À medida que os dias avançam, eles começam a nutrir certa amizade e vão se envolvendo com o ambiente e com os demais personagens da história. Logo, Rosa se engaja num grupinho de amigas e Leo se torna popular. Mas, como era de se esperar, eles passam a pensar demais um no outro e descobrem-se apaixonados. É quando Thalita nos presenteia com a surpresinha do livro: a pequena Ludmila, uma garotinha de onze anos tão esperta que mais parece adulta.
Bem, não vou narrar o livro inteiro aqui, apenas posso garantir que a leitura é super divertida. Thalita mostra com bastante leveza a relação moderna entre pais e filhos - ambos os personagens principais são filhos de pais separados - e retrata com muita competência a questão do bullying na escola. A respeito da capa, é super fofa, lilás com imagens dos adolescentes no colégio. A diagramação também foi bem-elaborada: a parte interna da capa e da contracapa é amarela, tanto no início quanto no final do livro tem uns desenhos em preto e branco e, apesar de as páginas serem brancas, a fonte e o tamanho da letra tornam a leitura confortável. Não encontrei erros gramaticais, o que não foi nenhuma surpresa visto a experiência da Thalita e o bom nome da editora Rocco. Mas, como nem tudo são flores, tenho duas coisinhas que considerei como negativas a relatar: o linguajar carioquês carregado dos personagens e o jeito do pai de Leo que, em certos momentos, me pareceu meio fora da realidade - sobre isso, contudo, talvez quem esteja meio fora dessa realidade seja eu.