Potage à la Alice

sexta-feira, 19 de março de 2010

O nome é francês, mas a receita é nordestina... O prato não faz parte das minhas atividades da faculdade, a ideia foi da minha querida amiga Maria Alice. Uma receita barata, soborosa e fácil de preparar - com uma linguagem super simples, diga lá...

Paulistas, podem trocar o coentro pela salsinha, eu deixo...

Bon appétit!


- Ingredientes:

1 maço de couve cortada em tirinhas finas - chiffonade
1/2 cebola picada - brunoise
1 dente de alho picado
1/4 de pimentão verde (pequeno) - julienne
1/6 de maço de coentro picado
1 cenoura pequena (metade cortada em tirinhas - julienne; metade em cubinhos pequenos - macedônia)
20g de bacon cortado em cubinhos - goulash
1/2 linguiça calabresa (1/4 em tirinhas e 1/4 em cubinhos)
1 pitadinha de pimenta branca
1 pitadinha de pimenta do reino
1 pitada (ou a gosto) de pimenta calabresa
1 colher de sopa de espessante (amido de milho ou farinha de trigo sem fermento)
1 caldo de frango
1L de água quente

- Preparo:

Fritar o bacon com sua própria gordura, acrescentar a linguiça calabresa. Depois juntar a cebola até dourar, a cenoura, o pimentão e, em seguida, o alho. Por um pouco de água para não grudar no fundo da panela. Acrescentar a couve, a pimenta branca, a pimenta do reino e a pimenta calabresa. Deixar rechear. Colocar a água quente e o caldo de frango, deixar ferver. Por o espessante diluído em água fria e aguardar até voltar a ferver. Finalizar com o coentro, ferver e desligar. Servir ainda quente, se preferir, acompanhar com croutons ou torradas de manteiga.

- Rendimento: 6 porções.

As folhas de Fabinho


Recebi um e-mail divertido do colega Fábio, dizendo que ele não conseguia dar prosseguimento à construção do seu livro, por quê? Descubra!

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Fabinho olhou para o caderno; era um rapaz estudioso e cheio de ideias. Àquela hora do dia, poderia descansar. Porém, às vésperas do vestibular, matemática, química, física, geografia, história e biologia não saiam da sua cabeça.

Preciso continuar escrevendo o meu livro, ele pensou. Então, sentou-se à mesa e começou: "Olhei com mais atenção e vi que [(a²) = (b² + c² - 2bc * cos.A) ] caso o triângulo seja retângulo."

Não! Nada disso, retrucou. Chateado, rasgou a folha.

Resolveu tentar de novo: "Então, era isso. Foi Friedrich Ratzel que criou o determinismo ambiental...”

Ele parou, olhou e suspirou. Outra vez, rasgou a folha.

Vilson e a pasta de Mário



Queridos amigos e leitores! Como comentei no outro conto da série - Mário e os DVDs -, este é o Vilson, amigo de Mário. Ainda não sei qual será o conto inicial, mas, pela pequena dose aqui postada, já dá para sentir o que vem por aí: uma sequência de histórias engraçadas e emocionantes. Então, divirtam-se com as trapalhadas e as decisões esquisitas de Vilson e Mário. Boa leitura!


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          “Não consigo ler e-mail...” - resmungou Vilson, enquanto verificava a sua caixa de entrada, que sempre estava cheia. Dois meses antes, na tentativa de se organizar, resolveu criar novas pastas. Queria desviar as mensagens assim que chegassem. Primeiro, gerou uma só para as notícias da faculdade, depois, fez outra para armazenar as informações mais relevantes; contudo, não houve jeito, sua caixa continuou lotada. Como se não tivesse opção, ele decidiu criar mais duas indispensáveis pastas: uma para as demais mensagens não-lidas e outra só para o Mário, seu melhor amigo de infância.

          Vilson verificava seus e-mails pelo menos três vezes ao dia: de manhã, costumava ter cerca de quinze; à tarde, uns quarenta; antes de dormir, não menos de vinte. “São sempre as mesmas coisas...” - toda vez, ele retrucava. Normalmente, uns dez eram da faculdade, vinte do trabalho e cinco de informações importantes; todos os outros eram circulares, newsletters, apresentações de slides e assuntos semelhantes.

          “Mais cartinhas do Mário...” - pensava. Não sabia aonde aquilo ia parar. “Um dia, tiro folga e vejo tudo!” - com esperança, sempre afirmava. Mas as coisas se tornavam cada vez mais complicadas. Tinha seus próprios assuntos: trabalho, faculdade, namorada, amigos, família, projetos pessoais... Como teria tempo de ler tantos e-mails?

         Sem dúvida, o verdadeiro desejo de Vilson era excluir cada uma daquelas mensagens, porém, não tinha coragem suficiente para apagar as recebidas dos amigos; era por isso que a sua caixa de entrada permanecia super carregada. Em dois meses, a pasta das mensagens não-lidas acumulara cento e cinquenta e três e-mails, e a de Mário - a de Mário! - já estava com quase trezentos. Refletindo sobre a questão, ficou intrigado. Não compreendia como alguém conseguia enviar tantas coisas num só dia, porque ele, certamente, não dava conta daquele serviço.

         Parado na frente do computador, Vilson ficou ainda mais incomodado. Ele abriu a pasta do amigo e deu uma rápida lida nos assunto das primeiras mensagens. Tinha certeza, todas eram realmente interessantes. “Amanhã é feriado...” - sussurrou um pouco empolgado, afinal, poderia colocar as correspondências em dia. Aquela ideia o fez abrir um sorriso; todavia, menos de dez segundos depois, Vilson mudou sua expressão. “Não, não vai dar... Não mesmo!” - reclamou, reconhecendo a dificuldade da tarefa.

          De repente, Vilson teve um rompante e decidiu gerenciar suas pastas. Não resistindo, selecionou primeiro a de Mário, clicou em excluir e, diante das opções Ok ou Cancelar, hesitou. Criando coragem, selecionou Ok e apertou a tecla Enter. Pronto, estava feito.


          Aliviado, ele suspirou e concluiu: “Tudo bem... Eu admito: definitivamente, não consigo ler e-mail!”



Bolo Eclético



Bolo Eclético 
(Avaliação trimestral da disciplina Língua Portuguesa como Instrumento de Comunicação) 

Nota: Diferente das receitas anteriores, o Bolo Eclético ainda não foi testado. Trata-se de uma obra poética... Afinal, Gastronomia não é só cozinha; também é cultura.

Ingredientes:

4 xícaras de chá de farinha de trigo
1 e 2/3 xícara de chá de sucralose
2/3 de xícara de chá de óleo vegetal
2/3 de xícara de chá de leite de coco
2/3 de xícara de chá de suco de laranja
1 e ½ xícara de chá de cacau em pó 50%
1 caixinha de creme leite de soja
Frutas coloridas

Modo de preparo:

Para começar com um toque de carinho, misture a farinha de trigo e uma xícara do cacau em pó numa vasilha em formato de coração. Em seguida, sendo solidário com quem não consome açúcar, adicione uma xícara e meia de sucralose. Faça uma covinha no centro dos ingredientes secos, anteriormente misturados. Enquanto isso, cante uma canção alegre para que seu carinho e seu entusiasmo agreguem à massa leveza e suavidade.
Prossiga com a receita, quebrando todo o preconceito contra aqueles que não consomem alimentos de origem animal; coloque o óleo vegetal e o leite de coco na covinha e misture com delicadeza. Adicione também o suco de laranja e continue mexendo, suave e delicadamente. Durante esse processo, diga palavras positivas e deseje coisas boas para todos que desse bolo degustarão.
Unte com um pouco de óleo vegetal e enfarinhe uma forma média, com o formato da sua escolha. Por fim, despeje a massa na forma e a leve para assar em forno médio pré-aquecido. Deixe no forno de 30 a 40 minutos, até que a superfície fique douradinha.

Cobertura:

Numa panela, não dando espaço aos preconceitos alimentares já citados, ponha o creme de leite de soja, meia xícara de cacau em pó, 1/3 de xícara de chá de sucralose e misture. Leve ao fogo médio e mexa sempre, até atingir o ponto de brigadeiro. Cubra o bolo quando a calda estiver morna e decore com frutas coloridas, conforme a sua escolha.

Dica:

Convide as pessoas de quem você gosta, especialmente aquelas que, por algum motivo, não consomem açúcar ou produtos de origem animal, as sirva com um belo sorriso e tenha certeza de que todas elas perceberão através da degustação desse bolo maravilhoso todo o seu carinho, respeito e admiração.

2ª Receita do Projeto de Ateliê Gastronômico I



Flan de Beterraba com Chimia de Maracujá e Manga 
(Conclusão do Projeto de Ateliê Gastronômico I - Maracujá e Beterraba)





• Ingredientes para doze porções:

Chimia

50 ml de polpa de maracujá com sementes
100 ml de polpa de maracujá sem sementes
400g de manga tomy cortada em brunoise
150g de açúcar cristal
150 ml de água

- Modo de preparo:

1. Colocar todos os ingredientes numa panela e levar ao fogo;
2. Cozinhar até que as frutas mudem completamente de cor, passando a um amarelo translúcido;
3. Deixar esfriar e servir gelado (porções de 50 ml), como acompanhamento do Flan de Beterraba.

Flan

250 ml de suco concentrado de beterraba in natura
400 ml de leite condensado
200 ml de creme de leite
12g de gelatina em pó sem sabor
Água para hidratar a gelatina

- Modo de preparo:

1. Num liquidificador, colocar 250 ml do suco concentrado de beterraba coado, o leite condensado, o creme de leite e a gelatina já hidratada. Liquidificar por alguns minutos, até que o líquido esteja completamente homogêneo.
2. Colocar a calda em recipientes de 150 ml e levar à geladeira por quatro horas ou ao congelador por duas horas.
3. Desenformar e servir acompanhado com Chimia de Maracujá e Manga.

- Comentário:

O resultado foi surpreendente. O Flan manteve a qualidade do sabor, não carregado em beterraba, e atingiu a consistência ideal, soltando facilmente da forma, mas mantendo a sua estrutura por um bom período.

A união do Flan de beterraba com a Chimia de Maracujá e Manga ficou excelente. Além de comprovar o sucesso da combinação de sabores, a estrutura apresentada foi bastante satisfatória. Para quem pode provar essa maravilhosa iguaria, as três texturas distintas foram marcantes: a maciez da manga, a cremosidade do Flan e o crocante das sementes do maracujá.

1ª Receita do Projeto de Ateliê Gastronômico I


2ª Receita: 

Cocada mole de Beterraba com Maracujá 
(Conclusão do Projeto de Ateliê Gastronômico I - Maracujá e Beterraba)





Aqui começam as diferenças na composição das receitas; os ingredientes já não aparecem tanto em medidas caseiras. Ah! Balanças e medidores, o que seria de nós, os cozinheiros, sem vocês? 


• Ingredientes para quatro generosas porções:
 
100g de coco fresco ralado
50g de beterraba descascada e ralada
75 ml de polpa de maracujá sem sementes
150g de açúcar cristal
50 ml de leite condensado
300 ml de água

- Modo de preparar: 

Numa panela juntar o coco, a beterraba, o açúcar e a polpa de maracujá.
Levar ao fogo mexendo sempre. Quando o coco estiver quase cozido, acrescentar o leite condensado. Adicionar a água aos poucos, até que a cocada fique cozida e atinja a textura desejada: mole, com um pouco de calda grossa.
Esfriar e servir, preferencialmente, sobre uma fatia de requeijão de corte

- Comentário:

O resultado atingiu as expectativas, sendo o melhor  de todos os testes feitos, pois equilibrou harmoniosamente o sabor dos três principais componentes – coco, maracujá e beterraba.


Segundo a professora, a cocada ficou deliciosa e, para quem não gosta de beterraba, muito parecida com o sabor da goiaba.

Vinagrete Especial com Croutons

Vinagrete Especial com Croutons (Primeira Receita de Ateliê Gastronômico I)

• Ingredientes da receita para uma porção:

Vinagrete

02 Folhas de rúcula picadas
01 Folha de rúcula lascada
01 Folha de acelga em Chiffonnade
01 Folha de alface inteira
02 Folhas de alface lisa lascadas
10g de tomate maduro em Julienne
01 Colher de café de ervas frescas bem picadas (salsinha e cebolinha)
01 Dente de alho em pequenos cubos irregulares
02 Ovos de codorna em pequenos cubos irregulares
01 Colher de sopa de azeite de oliva
01 Colher de café de melaço
01 Colher de sobremesa de mostarda Dijon
01 Colher de sopa de compota de vinho com banana
01 Pitada de sal

Croutons

01 Fatia de pão de forma sem casca cortada em cubinhos de um centímetro
01 Fio de Azeite de oliva
01 Pitada de manjerona
Sal a gosto

- Modos de preparo:

• Vinagrete

Misturar num recipiente o azeite de oliva, a mostarda Dijon e o melaço. Adicionar em seguida, agregando um por vez, as ervas frescas, a rúcula, a acelga e os ovos de codorna. Se necessário, temperar com sal.

• Croutons

Torrar o pão já cortado em cubinhos, até ficar dourado. Após esse processo, saltear o pão com um fio de azeite, o alho e a manjerona. Temperar com sal a gosto.

- Apresentação:

Usar a folha de alface inteira como base e, em cima, acomodar as folhas lascadas. Colocar a vinagrete especial de forma harmoniosa em cima das folhas e regar com a compota de vinho com bananas. Utilizar o tomate e os croutons como elementos decorativos.

- Comentário:

O sabor agridoce nesse prato é o que há de especial. Pequenas quantidades de elementos marcantes, como a mostarda Dijon, o melaço e o alho, também fazem a diferença, pois, nesse caso, agregam sabor de forma simétrica, sem roubar a atenção. Além da compota de vinho com banana, que completa essa harmonia agridoce tão especial.