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[Apologia das Letras] Quatro erros que autores iniciantes cometem

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Olá, pessoal! Como estou bastante envolvida com o trabalho no Canal Apologia das Letras e tenho percebido uma evolução bem legal no conteúdo postado, resolvi trazer alguns dos nossos vídeos para cá. Hoje, deixo vocês com o último vídeo que postei. Espero que as minhas dicas sejam úteis.


Beijos e até breve!

Pseudônimo, precisa registrar?

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Faz uns dias, recebi uma mensagem de um colega no Facebook. Ele disse que estava pesquisando sobre pseudônimos na internet e o Google o direcionou ao meu nome, consequentemente, aos meus contatos. Há algum tempo, pouco mais de dois anos, discutimos sobre o assunto no Fórum Escreva Seu Livro. A pergunta estava relacionada à necessidade de registrar ou não o pseudônimo. Naquela época, eu ainda não tinha publicado nada, por isso não sabia que essa questão se resolvia facilmente no ato da publicação. Bem, é verdade que ainda não tenho nada publicado, mas fui classificada num concurso de Contos Especulativos - Alétheia - e, ao receber o contrato da Editora Multifoco, vi que, além dos dados do escritor, havia a opção "Pseudônimo". Tendo num mesmo documento ambos os dados, o pseudônimo fica legalmente ligado à obra e ao autor. 
    Como disse, na época das discussões no Fórum, eu não havia publicado nada - ou tido qualquer experiência com editoras. Por esse motivo, recorremos à editora Laura Bacellar, que respondeu: "não existe registro de pseudônimo, você adota um, usa e pronto. É como nome". Além disso, se prestarmos atenção ao Requerimento para Registro e/ou Averbação da BN (Biblioteca Nacional), notaremos que também há a opção "Pseudônimo". 
   Mas o caso do colega em questão era diferente. Ele é revisor e, além do próprio sobrenome, utiliza um segundo sobrenome da mãe - como no exemplo hipotético: João Ribeiro => João "Ferraz" Ribeiro. E queria saber um modo de provar que os dois nomes são dele. Expliquei que, no ato da publicação e/ou registro da obra, seu pseudônimo ficaria ligado ao nome, mas, como o caso era de revisão, seria necessário observar o contrato. Para uma melhor resolução, o caro colega procurou a ajuda de um conhecido que trabalha há muitos anos num cartório - e, inclusive, dá aulas e escreveu um livro referente ao seu ofício -, o qual recomendou que ele procurasse o Cartório Oficial de Registro de Títulos e Documentos e Registro Civil de Pessoa Jurídica da cidade em que mora, a fim de registrar a declaração de que adicionou o patronímico materno "Ferraz" (hipotético) ao nome, ficando "João Ferraz Ribeiro" (hipotético), para uso social, nos livros que revisa e nos que escreverá/publicará, evitando problemas com pessoas homônimas ou com direitos autorais. Desse modo, estaria salvaguardado pela Lei.
    Em resumo, não é necessário registrar pseudônimo, mas, se o seu caso for semelhante ao do colega citado, vale a pena se precaver.
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Caso deseje mais informações sobre Registro de Obra, clique AQUI e migre para a página referente no site da BN.

Criação de Personagens

sábado, 4 de setembro de 2010


Aproveitando o incentivo de Leonardo Schabbach - escritor, blogueiro e editor - em sua postagem sobre composição de personagens, resolvo contar parte da minha experiência mais recente.

Embora tenha aprendido a criar personagens como um exercício, observando o comportamento de amigos, familiares e pessoas que nem mesmo conheço - sem que haja um objetivo direto -, prefiro dar vida a personagens que fazem a história se moldar a eles. Então, falarei sobre o método que utilizei para criar uma das personagens mais complexas do meu livro em andamento, o romance Entre a Fé, a Razão e o Coração

Antes de iniciar o processo de criação, pensei na história. Imaginei a quantidade de personagens centrais, o local onde se passaria e o enredo principal; então, comecei.

A violinista Christina Fragiolli

Em primeiro lugar, escolhi o nome. Eu queria algo sério e, ao mesmo tempo, fácil de apelidar, para que a relação com o leitor fosse íntima nesse sentido. Depois, decidi qual seria a idade dela, o estado civil e a profissão - sem muitas pesquisas, apenas para encaixar o dado na história. Em seguida, moldei os laços sociais - pais, irmãos, tios, avós, amigos... -, bem como a naturalidade, a descendência, a posição financeira da família e o ambiente em que  ela viveu desde a infância até a fase adulta. A partir daí, tracei o perfil psicológico - traumas, temores, anseios, sentimentos reprimidos, temperamento, manias, fobias... Só então, cheguei à descrição física.

Nesse momento, percebi que a vida de Christina Fragiolli já estava formada, era preciso apenas adicionar detalhes sobre a profissão, personagens secundários e acontecimentos interessantes; tudo girando em torno dela.

Claro que romances possuem uma estrutura bastante complexa. A vida de cada personagem é apenas parte de um grande emaranhado de subenredos. Cabe a nós, escritores, saber como cruzar e descruzar, bagunçar e arrumar essas nossas criações.