Tiete, eu? Não...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010


Eu e Samambaia
Venho aqui contar uma piada. Sim! Sei que isso não é muito a minha cara, mas, às vezes, acontece. Claro que passou o meu tempo de tiete, quando, adolescente, eu corria ao então Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães (antigo Dois de Julho - bem melhor o nome anterior, sem comentários) e tirava fotos com diversos jogadores. Eu tinha autógrafos de vários atletas da seleção de futebol tetracampeã - Romário, Bebeto, Jorginho, Ronaldinho Fenômeno, Dunga... Além de matérias recortadas em jornal preto e branco, pulando o muro do Hotel Sofitel Quatro Rodas e pedindo autógrafo a Edmundo Animal (capa do jornal, galera!).

Tudo bem, essas coisas parecem nos seguir, terminei me casando com um artista, um músico. Juro que não me importo tanto por andar no meio artístico, a gente se acostuma com o tempo, sabe? Todo mundo é igual. Cantores também soltam pum e adoram brincadeirinhas comuns. Mas não vou fugir muito do objetivo, contarei logo o meu king kong.

Na madrugada de 11 para 12/10, fui a um show muito especial - gravação do terceiro DVD ao vivo da banda Harmonia do Samba, no sambódromo de Manaus. Ora, isso é mesmo raridade, quem não sabe que eu não sou dada a festas (nem mesmo costumo ir aos shows evangélicos, fui para passear e dar apoio ao meu marido)? Enfim, estávamos conversando, eu e as demais esposas dos músicos que tocariam naquela noite, quando uma loira e um "palhaço" aproximaram-se de nós, acompanhados por um cinegrafista. Rede Record de Televisão... Oh, gente, todas escapuliram pela direita, e eu fugi à esquerda. Resultado: me entrevistaram. Agora, todo mundo vai me ver sem saber o que dizer, com cara de pateta em rede nacional.

Ficaram curiosos, não? Querem assistir à entrevista pra dar boas risadas da minha cara. Bem que eu contaria os detalhes, mas nem sei quando passará isso. Coloco as fotos aqui - depois do mico, por que não registrar o grande momento? Quem souber a data da exibição bem que pode me avisar (Programa de Ana Hickmann).

Alguém me diz o nome dele?

Eleições!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010


Gostando ou não do resultado - e eu, particularmente, gostei -, a verdade é que o dia das eleições é sempre muito inusitado: encontramos pessoas que só vemos de quatro em quatro anos; revemos colegas antigos; passamos por lugares que não íamos há tempos; por fim, somos reconhecidos pelos mesmos mesários de sempre, desde que votamos pela primeira vez. Mas não é apenas isso, coisas ainda mais estranhas acontecem.

Ontem pela manhã, meu esposo desceu para jogar o lixo fora e encontrou um rapaz entregando panfletos eleitorais. Temos um colégio a cem metros de casa, o meu colégio eleitoral, e a rua fica entupida de gente e de papel - o Brasil inteiro fica. Bom, retornando... O rapaz, antes, tinha um cabelo trançadinho com continhas coloridas nas pontas, agora, estava com o cabelo bem cortado. Ele cumprimentou meu marido.


- Oi - respondeu. - E aí, rapaz? Tá diferente, cortou o cabelo...

- Foi, foi mesmo - ele entregou um santinho ao meu esposo. - Um candidato pra você votar aí, ó. Deputado Estadual.

- Obrigado, mas eu não voto aqui não, voto no interior, vou justificar.

- Sem problema, valeu assim mesmo.

- Tá certo. E você, votou em quem pra presidente?

- Ah, eu não votei em presidente não, era muito número pra gravar, só votei nesse candidato aqui - o rapaz mostrou o santinho. 

- Foi mesmo? - meu esposo pasmou.

- Aham. Talvez eu vá lá mais tarde votar em mais algum.

- ?????? - meu esposo ficou em cócegas camufladas. - Tá bom, a gente se vê por aí.

- Tá joia, valeu.

E assim acabou a história excêntrica do meu esposo no primeiro turno das eleições de 2010. Ele disse que o rapaz não tinha jeito de doente mental, que parecia uma pessoa normal, falava bem e tudo mais. Agora, só resta uma questão: afinal de contas, esse rapazinho votou ou não votou?