- Oi.
- É hoje...
- É.
- Está com medo?
- Não.
- Eu não queria que fosse assim...
- Nem eu.
- Mas... Acho que não tem jeito mesmo, não é?
- É. Não tem.
- Posso segurar a sua mão?
- Pode.
- Está sentindo isso?
- Não.
- Você... tá frio.
- Eu sei.
- Por que não fica comigo?
- Não posso.
- Então, me deixe ir com você...
- Não dá.
- Prometo que não vou me esquecer de nada...
- Obrigado.
- Eu que... te agradeço.
- Não chore.
- Desculpe.
- Perdão, senhora, temos que fechar agora.
- Me dê mais um minuto, moço, por favor...
- Tudo bem.
- Querido, chegou a hora... Precisam te levar.
- Tá.
- Eu vou fechar agora...
- Pode fechar.
- Sentirei muita saudade...
- Acredito.
- Vou te amar pra sempre...
- Eu também.
- Adeus, meu amor...
- Moço...
- Ele está pronto?
- Sim.
- Certo. Então, vamos enterrar.
Que profundo, Dai. Juro que me assustei no final, eu não imaginava que ele estivesse morto, me surpreendi... Deu até um medinho. Rs!