Literatura de Fantasia: qualidade ou besteirol?

terça-feira, 22 de novembro de 2011


Bom dia, queridos amigos e leitores! No início dessa semana, fiz uma postagem sobre o fundo de verdade do filme Ratatouille (clique e confira) e algumas pessoas deixaram comentários super positivos no Facebook. Então resolvi falar sobre o fundo de verdade que há em outro filme: As Crônicas de Nárnia. Espero que curtam.

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Literatura Fantástica:
qualidade ou besteirol?


Todo mundo sabe que a bola da vez, a febre atual do mundo literário, é a Literatura Fantástica. Eu realmente não sou fã do estilo, mas gostaria de relatar algo muito interessante a respeito da obra As Crônicas de Nárnia.

Confesso que ainda não li o livro, tinha assistido o início do primeiro filme, mas não cheguei a dar tanta importância. Então, alguns meses atrás, um canal de TV aberta o exibiu e eu resolvi assisti-lo.

Admito que gostei bastante da história, tanto que logo em seguida comprei o livro. Mas, entrando no assunto central, talvez vocês já tenham ouvido falar sobre mensagem subliminar - aquela que é passada por trás dos fatos, algo que poucos percebem ou conseguem captar. Nesse mundo em que tanto lutamos por mais amor e humanidade, o autor da história conseguiu lançar, positivamente, uma dessas mensagens. Na verdade, ele fez uma linda alegoria do sacrifício de Jesus Cristo pela humanidade, quando narrou a morte vicária do leão.

Na Bíblia, o Messias é chamado de Leão da Tribo de Judá (veja Apocalipse 22.16), da qual pertenceu o rei Davi e de onde a profecia disse que viria o Grande Rei Eterno. Ora, o Leão do filme simbolizava Jesus - que nasceu na família de linhagem real da Tribo de Judá (veja Mateus 1.1-17) -, a Feiticeira e seus súditos simbolizavam Satanás e seus demônios, as meninas simbolizavam Maria Madalena e Maria, mãe de Jesus, e o menino condenado a morrer simbolizava a humanidade condenada à morte eterna.

Enquanto o Leão era ridicularizado, amarrado, surrado e tinha seu pelo raspado em referência ao vilipêndio do próprio Cristo - que foi preso, surrado, ridicularizado e crucificado nu (sem pelo) -, as duas meninas observavam escondidas e diziam uma a outra: “por que ele não reage?” De igual modo, agiu Jesus, tanto que foi chamado de cordeiro mudo, porque não reagiu (veja Atos 8.32).

O Leão morto foi posto sobre uma pedra. Ao saber de sua morte, seus seguidores entraram em guerra contra a Feiticeira, bem como os discípulos de Cristo, que entraram em guerra espiritual - além de consternados pela morte de seu mestre, ficaram como que ridicularizados e sem esperança. Só que as meninas insistiram em velar o corpo e, assim como Maria Madalena foi a primeira a ver Jesus ressurreto, elas foram as primeiras a vir o Leão ressuscitado, que lhes explicou: “Quando um inocente se entrega voluntariamente para morrer no lugar de um acusado, a pedra é quebrada e até mesmo a morte pode ser revogada”. Ora, um dos primeiros sinais da ressurreição de Cristo, o que aterrorizou os soldados, foi a remoção da pesadíssima pedra que fechava o túmulo de Jesus (veja Mateus 27.66 e 28.1-2), que, por ser inocente, sem pecados, e morrendo voluntariamente no lugar de condenados, também não pôde ser retido pela morte; ela foi revogada.

Admiro a mente do autor que conseguiu de modo tão sutil fazer uma alegoria tão linda com a história do Salvador do mundo. Como se não bastasse tudo isso, no final do filme, o Leão instituiu os humanos como reis de Nárnia - a Bíblia afirma que Deus nos fez reis e sacerdotes através de Jesus Cristo (Veja Apocalipse 1.6) - e foi embora, não para abandoná-los, mas “para guerrear outras guerras” - e Jesus foi assunto ao céu para tratar das nossas causas diretamente com Deus, para ser nosso Advogado (Veja I João 2.1).

Conto tudo isso para dizer que a Literatura Fantástica pode apresentar muito besteirol que, em minha opinião, nem vale a pena reter, mas que existe muita história boa também, construtiva, edificante. Estou realmente começando a me convencer disso.


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4 comentários:

  1. Rafael Zanuto disse...:

    Bom, eu sou suspeito pra falar né Isie? Como escritor (amador, claro) de literatura fantástica eu digo que é possível passar muita coisa boa através dos heróis e vilões, das aventuras e desventuras dos personagens. Um livro sem mensagem se torna um livro sem sentido, sem propósito. Agora, qualidade ou besteirol? Eu acho que nesta situação se aplica aquele ditado: "A arte está nos olhos de quem vê". Bom, no nosso caso, de quem lê né?
    Bjs Isie!!!

  1. Oi, Rafa!

    E aí, moço, como vai? E o filhote lindo?

    Bem, eu realmente sou muito seletiva. Sei que tem coisa ruim - pra mim, muita coisa -, mas também muita coisa boa. Então, uma parte pode até ser besteirol, dependendo de quem julga. Agora, que existe qualidade, ah, existe! E eu diria que não está apenas nas histórias. Certos autores escrevem com grande destreza, e isso é mesmo admirável.

    Bom, fiquei contente com sua visita. =) Volte sempre!

  1. Elaine Borges disse...:

    Poxa, amei sua explicação.
    Já assistir Nárnia e agora vou ler o livro e nunca tinha feito essa analise.

  1. Anônimo disse...:

    por falar em mensagem subliminar, alguem reparou no rosto que aparece nesta imagem, na juba do leao^?
    ao lado do rosto, quem perceber comenta ai.

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