Bom dia, queridos amigos e leitores! No início dessa semana, fiz uma postagem sobre o fundo de verdade do filme Ratatouille (clique e confira) e algumas pessoas deixaram comentários super positivos no Facebook. Então resolvi falar sobre o fundo de verdade que há em outro filme: As Crônicas de Nárnia. Espero que curtam.
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Literatura Fantástica:
qualidade ou besteirol?

Confesso que ainda não li o livro, tinha assistido o início do primeiro filme, mas não cheguei a dar tanta importância. Então, alguns meses atrás, um canal de TV aberta o exibiu e eu resolvi assisti-lo.
Admito que gostei bastante da história, tanto que logo em seguida comprei o livro. Mas, entrando no assunto central, talvez vocês já tenham ouvido falar sobre mensagem subliminar - aquela que é passada por trás dos fatos, algo que poucos percebem ou conseguem captar. Nesse mundo em que tanto lutamos por mais amor e humanidade, o autor da história conseguiu lançar, positivamente, uma dessas mensagens. Na verdade, ele fez uma linda alegoria do sacrifício de Jesus Cristo pela humanidade, quando narrou a morte vicária do leão.
Na Bíblia, o Messias é chamado de Leão da Tribo de Judá (veja Apocalipse 22.16), da qual pertenceu o rei Davi e de onde a profecia disse que viria o Grande Rei Eterno. Ora, o Leão do filme simbolizava Jesus - que nasceu na família de linhagem real da Tribo de Judá (veja Mateus 1.1-17) -, a Feiticeira e seus súditos simbolizavam Satanás e seus demônios, as meninas simbolizavam Maria Madalena e Maria, mãe de Jesus, e o menino condenado a morrer simbolizava a humanidade condenada à morte eterna.
Enquanto o Leão era ridicularizado, amarrado, surrado e tinha seu pelo raspado em referência ao vilipêndio do próprio Cristo - que foi preso, surrado, ridicularizado e crucificado nu (sem pelo) -, as duas meninas observavam escondidas e diziam uma a outra: “por que ele não reage?” De igual modo, agiu Jesus, tanto que foi chamado de cordeiro mudo, porque não reagiu (veja Atos 8.32).
O Leão morto foi posto sobre uma pedra. Ao saber de sua morte, seus seguidores entraram em guerra contra a Feiticeira, bem como os discípulos de Cristo, que entraram em guerra espiritual - além de consternados pela morte de seu mestre, ficaram como que ridicularizados e sem esperança. Só que as meninas insistiram em velar o corpo e, assim como Maria Madalena foi a primeira a ver Jesus ressurreto, elas foram as primeiras a vir o Leão ressuscitado, que lhes explicou: “Quando um inocente se entrega voluntariamente para morrer no lugar de um acusado, a pedra é quebrada e até mesmo a morte pode ser revogada”. Ora, um dos primeiros sinais da ressurreição de Cristo, o que aterrorizou os soldados, foi a remoção da pesadíssima pedra que fechava o túmulo de Jesus (veja Mateus 27.66 e 28.1-2), que, por ser inocente, sem pecados, e morrendo voluntariamente no lugar de condenados, também não pôde ser retido pela morte; ela foi revogada.
Admiro a mente do autor que conseguiu de modo tão sutil fazer uma alegoria tão linda com a história do Salvador do mundo. Como se não bastasse tudo isso, no final do filme, o Leão instituiu os humanos como reis de Nárnia - a Bíblia afirma que Deus nos fez reis e sacerdotes através de Jesus Cristo (Veja Apocalipse 1.6) - e foi embora, não para abandoná-los, mas “para guerrear outras guerras” - e Jesus foi assunto ao céu para tratar das nossas causas diretamente com Deus, para ser nosso Advogado (Veja I João 2.1).
Conto tudo isso para dizer que a Literatura Fantástica pode apresentar muito besteirol que, em minha opinião, nem vale a pena reter, mas que existe muita história boa também, construtiva, edificante. Estou realmente começando a me convencer disso.
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