Cinco dedos, cinco opções, cinco minutos, cinco decisões... Já sentiu vontade de jogar tudo pro alto? Pois bem, eu sim. Refleti por alguns instantes, pensei nos infinitos “e se”, e desisti. Precisava adiantar o passo, mas não saí do lugar, fiquei ali, parada, estática, como se não eu, contudo, o chão fosse se mover. De que adiantou? Tudo permaneceu do mesmo jeito, as sensações indesejáveis ainda estavam lá, e também, a persistente insatisfação. Pensei de novo, não, dessa vez, ponderei minuciosamente. Que se perde, e que se ganha ficando aqui? Olhei em volta. Já viu peixe fora d’água? Eu sim. Abaixei-me, a fim de carregar todas as minhas tralhas, juntei forças de não sei onde e as atirei, sem dó, para o ar. Depois me apressei a fugir, claro, ou você acha que eu ia querer correr o risco de deixá-las me alcançar?
Literatura, Gastronomia e o que mais me der na telha.
[Microconto] Porque o que vai pode voltar
Cinco dedos, cinco opções, cinco minutos, cinco decisões... Já sentiu vontade de jogar tudo pro alto? Pois bem, eu sim. Refleti por alguns instantes, pensei nos infinitos “e se”, e desisti. Precisava adiantar o passo, mas não saí do lugar, fiquei ali, parada, estática, como se não eu, contudo, o chão fosse se mover. De que adiantou? Tudo permaneceu do mesmo jeito, as sensações indesejáveis ainda estavam lá, e também, a persistente insatisfação. Pensei de novo, não, dessa vez, ponderei minuciosamente. Que se perde, e que se ganha ficando aqui? Olhei em volta. Já viu peixe fora d’água? Eu sim. Abaixei-me, a fim de carregar todas as minhas tralhas, juntei forças de não sei onde e as atirei, sem dó, para o ar. Depois me apressei a fugir, claro, ou você acha que eu ia querer correr o risco de deixá-las me alcançar?
5 comentários:
-
Israel, espero que as tralhas também não caiam sobre a minha. Tem hora que a pressão é grande, ou a gente se rende e enfrenta, mesmo correndo o risco de se prejudicar emocionalmente, ou toma coragem e dá um basta. Não sei se esse basta precisa ser definitivo, em meu caso, será temporário, apenas pra que eu consiga enxergar melhor o caminho. Não costumo funcionar muito bem sob pressão, me cobro demais, então, mesmo fazendo tudo quase perfeito - porque sou perfeccionista, e isso é péssimo! -, termino sofrendo.
Espero que o "jogar pro alto e sair correndo" tenha dado certo pra ti. ;) E obrigada pela visita! =)
-
Não sei oq dizer desse texto, só sei que ele me encantou muito <3
Talvez pelo toque poético q vc deu à essa realidade bagunçada xD
-
Tem hora que a gente precisa tomar uma decisão, e muitas vezes ela vai nos tirar dessa zona cômoda...mas inicialmente dói... as perdas...mas certamente haverá ganhos e serão maiores que as perdas, e proporcionará crescimento e amadurecimento. Parabéns pela crônica.
-
Oi, Lari.
Vi que retomou a escrita em seu blog. Faço uma visita já! =)
___________________________________
Olá, Carlos!
Seja muito bem-vindo ao meu espaço. ;)
Saiba que suas palavras clarearam minhas ideias. Não pensarei mais nas perdas, focarei nos ganhos, certamente, muito maiores.
Obrigada. Muita paz!
Receba postagens no e-mail
Amigos e Leitores
Inscreva-se
Estiveram aqui
Editora Coerência
Estou Lendo
Lidos recentemente
Navegue no blog
Morri por ti - Teatro CEAC
Recomeçar - Linda dança!
Meus direitos.
Wordpress Theme by QualityWP | Conveted to Blogger Template by ThemeLib.com
Que bom que não deu tempo das tralhas caírem na cabeça da protagonista.. ^^
Respondendo: essa história no meu caso é verídica... ^^ então já sabe a minha resposta: sim, é muito possível!!
Parabéns pelo conto Isie...