Olá, amigos e leitores. Essa postagem seria a da Caixinha de Correio, mas, conforme publiquei na fanpage do blog, estou com problemas de conexão desde a última segunda-feira. Espero que tudo seja normalizado o mais breve possível.
Hoje trago para vocês a resenha de um dos livros que mais desejei ler esse ano: Delírio, Lauren Oliver; tanto que pulei a fila das resenhas e o coloquei em primeiro lugar. Mas isso não foi de todo ruim, pois a resenha da vez era Belo Desastre, e eu gostei tanto desse livro (do Travis "Cachorro Louco" Maddox) que resolvi relê-lo. Bom, mas essa é uma outra história... Vamos ao que interessa.
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Delírio
Título original: Delirium
Autora: Lauren Oliver
Tradutora: Rita Russekind
Editora: Intrínseca
Gênero: Romance Distópico
Ano: 2012
Páginas: 342
Sinopse
Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?
Resenha
"Amor: ele vai matá-lo e salvá-lo, ao mesmo tempo." (pag. 307)
Num futuro distante nos Estados Unidos, o amor é considerado a pior de todas as doenças. Sem amor não há ódio, sofrimento ou dor; sem amor há apenas paz, segurança e tranquilidade. É com esse pensamento que o governo desenvolve a cura - procedimento cirúrgico realizado em todos os cidadãos ao completarem dezoito anos - para a perigosíssima Amor Deliria Nervosa. Lena Haloway é uma garota de dezessete anos, de beleza e medidas medianas, que aguarda ansiosamente pelo dia em que ficará livre, definitivamente, desse mal que já assombrou sua família por duas vezes. Mas no dia da sua avaliação pré-intervenção - espécie de entrevista probatória em que se deve responder sobre suas inclinações e aptidões, a fim de obter aprovação quanto ao futuro: com quem vai se casar, onde vai morar, se vai ou não cursar faculdade, em que ramo irá trabalhar, etc. -, ocorre um incidente e ela termina avistando um estranho rapaz. Dias depois, eles terminam se conhecendo por acaso e a amizade que surge entre Lena e Alex, começa a fazê-la duvidar sobre a veracidade do que lhes é imposto pelo sistema.
"Tenho quase certeza de que isso também é uma mentira. É mais fácil, em muitos sentidos, imaginar um lugar como Portland - um lugar com as próprias paredes, barreiras e meias-verdades, um lugar onde o amor ainda tenta existir, mas de forma imperfeita." (pag. 306)
Narrado em primeira pessoa, por Lena, Delírio é um romance que nos faz refletir acerca da opressão que nos é imposta pelos padrões da sociedade. No início de cada capítulo, a autora coloca trechos de "provérbios" ou de livros hipotéticos que ajudam na contextualização da história. Recentemente, li um comentário que negava a identidade distópica do livro, e discordei. Não somente nesse ponto, mas especialmente quando Lauren fala acerca da existência de Deus e da salvação, em minha opinião, ela transparece e afirma sua crítica a certas religiões fechadas que dominam completamente a vida de seus membros ou seguidores.
"Os estudos dos cientistas não são realmente claros em relação ao que acontece quando morremos: supostamente, nos dissipamos na matéria celestial que é Deus e somos absorvidos por Ele, apesar de também se dizer que os curados vão para o céu e vivem eternamente em perfeita ordem e harmonia." (pag. 275)
Confesso que tive certa dificuldade para me conectar com o ambiente e os personagens no começo da leitura; é mesmo difícil conceber que o amor é uma doença e que viver sem ele seria melhor. Mas a narradora é bastante descritiva, o que nos ajuda a compreender o quanto os personagens estão envolvidos pelo sistema dominador, como numa espécie de Síndrome de Estocolmo Social. Apesar das muitas descrições, o ritmo da narração é crescente, e a história não se torna chata ou monótona em momento nenhum.
A diagramação do livro foi muito bem feita, trouxe detalhes que considerei marcantes, como: páginas iniciais e finais pretas, caligrafia artística nos títulos dos capítulos e um pequeno e belo separador. A fonte é pequena, mas as páginas amareladas dão conforto à leitura. E a capa é, simplesmente, linda! Encontrei alguns poucos erros de revisão e um pequeno furo no enredo (Lena diz se corresponder por e-mail com Hanna, sua melhor amiga, mas não tem computador), o que não diminuiu em nada a qualidade do livro como um todo.
Sem sombra de dúvidas, Delírio foi um dos melhores livros li esse ano e, assim como todos que o leram e ficaram entusiasmados pelo seu desfecho eletrizante, não vejo a hora de ler a continuação. Recomendo-o a todos que apreciam o gênero, e também aos que ainda não leram distopias, de olhos fechados.
"Amor, a mais mortal das coisas mortais: mata quando você tem e quando você não tem." (pag. 307)
Bom diaaa
Adorei sua resenha muito boa mesmo a história do livro é bem interessante adorei
beijos e bom finald e semana
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