Chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso - os negócios multinacionais, a vasta fortuna, a amada família - ele é um homem atormentado por demônios do passado e consumido pela necessidade de controle. Ao embarcar num apaixonado e sensual caso de amor, Ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, como também sobre os segredos obscuros que Grey tenta manter escondidos.
Resenha
Após sofrer pressão psicológica da parte de Katherine Kavanagh, Kate, sua melhor amiga e colega de apartamento, Anastasia Steele, estudante de vinte e dois anos, decide dirigir de Vancouver, Washington, até Seattle, a fim de entrevistar o bilionário Christian Grey. Mas Ana não sabe nada a respeito do magnata industrial, já que a responsável pela edição de formatura do jornal da faculdade é Kate, e termina se surpreendendo ao descobrir que ele é extremamente jovem e atraente.
Como Ana é muito desengonçada, a entrevista prossegue quase normalmente. No final, muito gentil - ou cheio de interesse -, Grey resolve acompanhá-la até o elevador, o que a deixa ainda mais desconsertada. Contudo, alguns dias depois da entrevista, quando ele aparece de supetão na Clayton's, loja de material de construção em que ela trabalha, é que Ana fica desnorteada. A partir de então, os dois começam a se encontrar e, como era de imaginar, a se envolver. O problema é que Christian Grey não é um homem comum e que Anastasia Steele é ingênua demais para ter noção de quão perigoso ele pode ser.
Presentes caros, passeios extraordinários, viagens de primeira classe e tantos outros prazeres físicos e materiais são proporcionados pelo poderoso Christian Grey. Desse modo, parece nascer uma excêntrica relação, cheia de intensidade, mas inundada por enigmas.
Vários blogueiros dizem que é muito difícil resenhar os livros que amamos. Esse não é o meu caso com Cinquenta Tons de Cinza. Não, eu não o odiei. Apenas afirmo, com toda certeza, que ele está longe de entrar para a lista dos meus favoritos.
Bom, como romancista, não posso ler um livro de qualquer jeito - ainda mais esse "grande" best-seller. Eu preciso analisá-lo pelo menos sob três aspectos: história, técnica do autor e desenvolvimento geral. Confiram a minha análise através dos destaques positivos e negativos.
- Positivos
- História: Eu sempre digo que, se a narração tiver bom ritmo, os diálogos forem bons e os personagens bem desenvolvidos, a história pode até não ser muito boa que eu consigo gostar. Esse é o caso.
- Técnica: Para principiante, a autora foi inteligente. Além de criar um personagem forte, Christian Grey, ela fez uma boa pesquisa sobre os temas e cenários discorridos na história, o que a valorizou.
- Desenvolvimento geral: O ritmo crescente prende o leitor. A leitura é fluida, acelerada e divertida. Há aspectos que considerei cansativos e desnecessários - os vários clichês -, mas a ideia dos e-mails foi perfeita. Isso e Christian Grey, apesar de sua loucura, sem dúvida, é o que há de melhor no livro.
- História: 1º) Anastasia começa desengonçada e, de repente, cadê os dois pés esquerdos? 2º) Depois que a relação entre os protagonistas esquenta, por que eles nunca tomam banho? 3º) Se Anastasia é tão ingênua e inocente, por que é que ela só pensa nas cenas impróprias para menores? O.k. ela está descobrindo sua paixão e sua sensualidade, mas tanto?! 4º) Ana põe o maldito vestido de Kate duas vezes seguidas para sair com Grey, não usa creme hidratante, perfumes, maquiagem!... Será que ela é um menino? 5º) Por que do meio para o final do livro, subitamente, Ana e Grey ficam tão limpinhos: banho pra cá, pra lá, de chuveiro, de banheira?...
- Técnica: Pra começo de conversa, que eu saiba, a característica básica de um romance (gênero literário) é a obra ter um conflito central e vários pequenos conflitos (subenredos), porém, tudo em Cinquenta Tons de Cinza gira em torno da relação excêntrica entre Anastasia e Grey. Afinal de contas, por que Kate e Elliot se apaixonaram perdidamente, e tão rápido? O que José sentiu ao ser desprezado? Por que Ray e Carla se separaram?... Esse, sem dúvida, é um dos maiores problemas da narração em primeira pessoa. Se o autor não tiver boa técnica, termina centralizando demais a história no narrador-personagem. Só por isso, eu já diria que Cinquenta Tons de Cinza não é um romance adulto, mas um conto erótico.
- Desenvolvimento geral: 1º) Apesar de a narração ter um ritmo bom, a narradora consegue atingir vários picos de chatice. Nos primeiros capítulos, Ana Steele enrubesce por tudo, tanto que eu já estava enrubescendo de chateação por ler a mesma palavra trocentas vezes numa única página. 2º) Como se não bastasse a face de Anastasia enrubescer milhares de vezes, sua mente repete a frase "Minha deusa interior" na mesma proporção do patrimônio financeiro de Grey. 3º) Os "olhos cinzentos" de Christian, os "meus Cinquenta Tons", ele é "muito bonito", com aquela "calça de tirar o fôlego" e blá-blá-blá... Tudo bem que o autor precisa marcar a personalidade do personagem, mas assim já é demais. 4º) Não entendi pra que tanto palavrão. Desde quando é preciso xingar pra reforçar a ideia de que o conteúdo do livro é adulto? Achei de muito mau gosto, especialmente, porque E L James queria dar a Ana uma imagem de menina pura e inocente. Com aqueles pensamentos lascivos? Com aquela boca suja?
Olá Isie! Sua resenha ficou ótima e bem sincera! É a primeira resenha que vejo deste livro falando dos pontos negativos que encontrou,e sempre adoro ver os pontos de vista diferentes.De qualquer forma tenho curiosidade,quero realmente saber se esse livro é isso tudo que todos falam!
beijoos
strawberrydelivrosefilmes.blogspot.com.br