Olá, amigos e leitores. Após alguns dias de muitas atividades novas, especialmente meu retorno à faculdade, trago para vocês mais uma resenha de livro com comentário de filme. Tentei ser breve, não sei se deu muito certo.
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Título original: The Vow
Autor: Kim e Krickitt Carpenter
Tradução: Ivar Panazzolo Júnior
Editora: Novo Conceito
Gênero: Romance/Biografia Cristã
Páginas: 144
Ano: 2012
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Sinopse
A
vida que Kim e Krickitt Carpenter conheciam mudou completamente no dia 24 de
novembro de 1993, dois meses após o seu casamento, quando a traseira do seu
carro foi atingida por uma caminhonete que transitava em alta velocidade. Um
ferimento sério na cabeça deixou Krickitt em coma por várias semanas. Quando
finalmente despertou, parte da sua memória estava comprometida e ela não
conseguia se lembrar de seu marido. Ela não fazia a menor ideia de quem ele
era. Essencialmente, a "Krickitt" com quem Kim havia se casado morreu
no acidente, e naquele momento ele precisava reconquistar a mulher que amava.
Resenha
"Que eu me torne a garota que era, e também aquela que o Senhor quer que eu seja." (pag. 102)
Kim (Kimmer) e Krickitt (Krisxan) se conheceram no outono de 1992, quando ele telefonou para a loja em que ela trabalhava a fim de comprar uma jaqueta de técnico de beisebol. Cativado pela voz e pelo jeito atencioso de Krickitt, Kim voltou a ligar outras vezes, até que eles terminaram virando amigos. As muitas ligações dos meses que se seguiram logo deram espaço a longas cartas e, claro, à troca de fotografias. Os dois estavam se apaixonando, então resolveram se conhecer pessoalmente. Kim morava em Las Vegas (Novo México - Nevada) e Krickitt, que morava na Califórnia, foi visitá-lo. Como o amor entre os dois era evidente, e eles eram cristãos, casaram-se poucos meses depois, no dia 18 de setembro de 1993.
"Você disse que eu posso perguntar qualquer coisa a você, então preciso ser honesta, Kimmer. Tenho muita fé, quero dizer, a fé e o cristianismo são importantes para mim. Não me vejo tendo um relacionamento de verdade com uma pessoa que não crê." (pag. 15 e 16)
Após dois meses de casamento, Kim e Krickitt resolveram viajar até Phoenix (Arizona) no Dia de Ação de Graças - última quinta-feira de novembro -, para fazer a primeira visita depois de casados aos pais de Krickitt. Por volta das 18h30 do dia 24 de novembro de 1993, próximo à divisa do Novo México com o Arizona, eles sofreram um grave acidente que quase ceifou suas vidas. Krickitt ficou presa nas ferragens do carro e, segundo os médicos, sua chance de sobrevivência era menor que 1%.
"- Fizemos tudo que era possível, mas a condição da sua esposa não melhorou. Ela está além da possibilidade de auxílio médico - explicou ela (enfermeira). "Talvez ela esteja além da possibilidade de auxílio médico", pensei. "Mas eu ainda posso pedir a Deus"." (pag. 39)
Muitas pessoas se mobilizaram a orar por Krickitt e, milagrosamente, ela começou a se recuperar. Porém, após recobrar a consciência, percebeu-se que ela estava com amnésia retrógrada e que cerca de um ano e meio de lembranças havia sido apagado de sua memória, restando apenas flashes vagos. Krickitt não sabia quem Kim era, muito menos que era casada.
A história é contada por Kim, numa narração muito simples e fácil de compreender. Pelo fato de Kim e Krickitt não serem escritores, as informações são passadas rapidamente, de modo que sentimos falta de alguns detalhes importantes, como as reações e falas de Krickitt diante das descobertas sobre sua antiga vida. Mas Kim, em contrapartida, nos dá muitos detalhes acerca do acidente e das etapas vividas no hospital. A diagramação do livro é simples, com alguns detalhes nas entradas e saídas de capítulos. A capa é muito bonita, a foto dos atores que protagonizaram o filme, e o título está em alto relevo. Encontrei apenas três errinhos de revisão, o que poucos leitores notariam.

Quem decide assistir ao filme, imaginando visualizar a história de Kim e Krickitt, termina encontrando algo totalmente diferente. No filme, o casal é outro e a história também. A personagem é escultora, em vez de ginasta, e se chama Paige (Rachel McAdams), o marido dela é produtor musical, em lugar de técnico de beisebol, e se chama Leo (Tatum Channing). Os dois se apaixonam de maneira arrebatadora, casam-se no Museu de Artes e sofrem o acidente enquanto estão tramando fazer bobagens dentro do carro.
"- O cristianismo de Krickitt está no centro dela, Kim. É uma parte da alma dela. A alma não pode ser afetada por qualquer ferimento, porque é imortal. Sua fé sempre vai estar viva. Está viva agora."
O que mais senti falta no filme foi da fé de Krickitt. Acho que isso realmente moveu a cura dela e a restauração do relacionamento - isso não é spoiler, já que todo mundo conhece o contexto geral da história desse casal. Fora isso, o roteiro inspirado na vida de Kim e Krickitt Carpenter realmente me emocionou. Consegui visualizar as emoções e conflitos de Krickitt e até deu pra sentir uma raivinha dela.
O livro Para Sempre me fez chorar algumas vezes. Com ele, aprendi que o amor é capaz de vencer barreiras naturais aparentemente intransponíveis e fui altamente incentivada a valorizar ainda mais a minha fé - em meu entendimento, foi a fé que manteve a força de vontade e a perseverança de Kim e, em especial, Krickitt. Recomendo o filme inspirado e o livro a todos.
Classificação:
Livro e filme